

Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma casa desabitada em um bairro residencial de Montevidéu, Uruguai, se encontra com uma família que retorna ao país após viver muitos anos no exterior.



O projeto para a nova Casa Nativa é fruto do diálogo que começa após esse encontro, onde espaços, rituais e tecnologias de diferentes épocas se entrelaçam, tensionam e convivem para criar algo novo.
Plantas
Axonométria
Embora os dois andares da construção original, de 1956, se diferenciassem marcadamente ― o superior voltado para a vida familiar e social e o inferior destinado a serviços e garagens ―, o projeto de transformação propôs concebê-los como espacialidades de importância cotidiana similar. Para isso, foram retiradas todas as divisões internas, a escada e partes da fachada existente até expor sua simples estrutura e dar protagonismo ao vazio.


Além disso, o acesso à casa, que antes se dava por meio de uma ponte que conectava a rua com o andar superior, agora ocorre descendo por uma rampa através de um jardim silvestre. Assim, o andar inferior se abre e vincula a frente com o quintal dos fundos.


Essa mudança na forma de transitar por seus espaços é reforçada pela incorporação de dois dispositivos: uma singular escada interior-exterior que conecta os dois andares entre si e com a nova estufa-oficina de seção semicircular que surge no telhado.
Corte
Assim, o conjunto de intervenções dá margem a uma agitada e afetiva segunda vida para esta casa e nos permite imaginar formas de vida que valorizam e desfrutam da reutilização do que já existe.
































